03 dezembro 2005

 

uma opção de compromisso
22/04/2002


"Retomar uma trajetória de crescimento estável e sustentável, reduzindo a volatilidade observada da nossa economia, é um dos principais desafios do novo governo. [...] Construir alicerces estáveis para a obtenção desses objetivos é nosso compromisso na gestão do Ministério da Fazenda."
Palocci – 15/04/2003
(discurso para empresários e banqueiros no Brazil Summit 2003, em Nova York)

o modelo econômico assumido por Lula conduz a curto circuito do qual é impossível escapar.
através de uma altíssima taxa de juros, recursos externos são atraídos para o Brasil.

para serem aplicados em nosso mercado, os dólares que entram tem que ser convertidos para reais, criando uma tendência de redução na taxa de câmbio.

com isto a inflação pode cair, o que gera a possibilidade de diminuir os juros.

com o crédito mais barato, se viabiliza o financiamento do crescimento econômico, que é a meta a ser alcançada.

entretanto, a maior parte dos recursos externos é aplicada em investimentos de curto prazo, cujo resgate reverte os efeitos positivos de sua entrada no país.

para retornar às sua origem serão convertidos em dólares, o que eleva a taxa cambial, que por sua vez pressiona a inflação, induzindo o aumento dos juros.

além disto, a redução da taxa de câmbio, em virtude da entrada de dólares, afeta de modo negativo as exportações, aumentando a necessidade de recursos externos, que serão atraídos com elevadíssimas taxas de juros.

seja como for, trata-se de um modelo que nunca consegue trazer a taxa de juros a um patamar que viabilize o crescimento econômico.

por isto seus defensores pregam com tanta veemência que não há outra opção, uma vez que assim fica assegurado o compromisso que assumiram: remuneração alta e sem risco para os investidores externos e transferência de riqueza para o setor financeiro.

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